Não foram poucos os avanços conquistados para o setor portuário e os trabalhadores, por exemplo, foram atendidos em 17 itens da pauta de negociação. |
O
projeto de lei de conversão (PLV 09/2013) que trata da modernização dos portos
(MP 595), aprovado pelo Congresso Nacional, foi defendido com afinco em
plenário pelos parlamentares do PT.
Durante
11 semanas, o texto foi objeto de muitos debates com diversos setores na
comissão especial presidida pelo líder do PT, deputado José Guimarães (CE). E
não foram poucos os avanços conquistados para o setor portuário durante esse
processo. Os trabalhadores, por exemplo, foram atendidos em 17 itens da pauta
de negociação.
“Foi
provavelmente a maior conquista que trabalhadores organizados tiveram no País
no último período”, avaliou a deputada Iriny Lopes (PT-ES). Ela citou como
grandes conquistas a aposentadoria especial, o programa de renda mínima para
dar garantias na sazonalidade, a qualificação da mão de obra, a proibição de
contratação de temporários e a manutenção da guarda portuária. “No geral, os
trabalhadores da orla portuária brasileira tiveram muitos avanços”, disse
Iriny.
Pelo
texto aprovado, os contratos novos serão de 25 anos, prorrogáveis por mais 25
anos, desde que o arrendatário ofereça um plano de investimento. Com relação
aos contratos anteriores à Lei dos Portos de 1993, será obrigatória a
renovação, garantindo a vigência dos arrendamentos, desde que adaptados à nova
política portuária. Os contratos em vigor posteriores a 1993 também deverão ser
adaptados à nova política para garantir a prorrogação.
Segundo
o deputado Geraldo Simões (PT-BA), “da maneira que foi aprovado na comissão
mista e que consta no PLV, a adequação dos contratos satisfaz o setor e melhora
as condições dos portos brasileiros”, afirmou.
Outra
falsa polêmica, resolvida no processo de negociação, diz respeito aos portos
delegados e à competência para a realização de licitações. Para o deputado Angelo
Vanhoni (PT-PR), foi encontrada uma boa solução para o impasse, uma vez que o
PLV permite que a União delegue a estados ou a municípios a elaboração de
edital e a realização de licitação para arrendamentos de terminais no porto
organizado. “Com isso, teremos um planejamento melhor das atividades portuárias
no Brasil como um todo. Além disso, teremos a segurança jurídica que o setor
empresarial esperava para fazer os investimentos”, explicou.
O
funcionamento de diversos órgãos federais, como Anvisa e Receita Federal, por
24 horas, inclusive aos domingos e feriados, também é mais um avanço assimilado
no PLV, e os principais portos do País já começaram a operar nesse regime desde
23 de abril.
(Jonas
Tolocka - PT na Câmara)
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