Os dias que seguirão de 25 de Março á
1º de Abril serão marcados por muita mobilização e unidade política da juventude
nas ruas de todo o Brasil. Sem prejuízo de acréscimo de demandas locais e
respeitando a conjuntura política de cada estado, a Jornada de Lutas da
Juventude está sendo convocada com os seguintes eixos principais: a) Educação:
10% do PIB, 100% dos royalties e 50% do fundo social do pré-sal para educação;
b) Trabalho: Redução da jornada, trabalho descente e conciliação do trabalho
com estudo; c) Reforma Política; d) Democratização dos meios de comunicação e
e) Direitos Humanos: Combate ao extermínio da juventude negra.
É
tarefa da juventude do PT priorizar a Jornada de Lutas da Juventude e cumprir
um papel protagonista na sua construção. Orientamos nossos militantes dos mais
variados Movimentos Sociais a construírem a partir de seu movimento a Jornada,
no entanto, a Juventude do PT não pode abrir mão de uma atuação partidária
nesta mobilização. Devemos sair ás ruas mostrando a cara da Juventude do
Partido dos Trabalhadores levando suas bandeiras, adesivos, faixas e camisetas.
Neste
sentido, em virtude dos ataques que nosso Partido tem sofrido da mídia golpista
e da necessidade de irmos para ofensiva, sem prejuízo das demais pautas, a JPT
deverá conceder uma atenção especial à luta pela reforma política, a profunda
democratização de todos os meios de comunicação e combate ao extermínio da
juventude. Isto porque com a manutenção do atual sistema político e eleitoral
do Brasil, marcado pela força do poder econômico, midiático e judicial, pela
fragilização dos partidos e restrita participação popular, a juventude e as
novas gerações não terão voz nem vez.
Desde
sua fundação, o Partido dos Trabalhadores defende uma reforma estrutural da
política brasileira que amplie os canais de participação e decisão direta do
povo e ponha fim à privatização da política e da soberania popular. Nestes
últimos 10 anos tivemos muitos avanços no desenvolvimento econômico, na
presença soberana do Brasil no mundo e na melhoria da vida do povo. No sistema
político, no entanto, pouco mudou. No Congresso, o projeto de lei de Reforma
Política relatado pelo companheiro Henrique Fontana (PT/RS) não consegue
avançar devido às resistências dos políticos beneficiados pelo atual sistema e
pela baixa mobilização social em torno do tema.
O
momento histórico exige coragem e ousadia para consolidarmos as conquistas e
aprofundarmos as mudanças iniciadas em 2003. A reforma política junto com a democratização
das comunicações e combate ao extermínio que tem ocorrido com as juventudes são
imprescindíveis para conquistarmos os corações e mentes da juventude para uma
nova política e para democratizarmos o poder no país. Os mesmos setores que
intensificaram os ataques ao PT, numa verdadeira campanha de criminalização da
política, querem na verdade impedir que avancemos nas transformações que o país
precisa. Aqueles que por hora se utilizam do discurso anti-corrupção para nos
atacar não querem enfrentar o problema do financiamento privado de campanha,
não querem por fim á troca de favores entre empresários corruptores e políticos
corruptos, são contra a reforma política e a democratização da mídia.
Para
ampliar os espaços de participação e liberdade de expressão, outra de nossas
grandes tarefas é colocar no centro do debate a democratização da palavra e da
comunicação do país. É fundamental recuperar as resoluções da 1ª Conferencia
Nacional de Comunicação, bem como reivindicar o compromisso do nosso governo
com o tema. O desafio de regulamentar os artigos da Constituição que tratam da
comunicação visam o enfrentamento dos monopólios do setor, a garantia do
direito de resposta, a promoção das culturas regionais e nacional, a
valorização da produção independente, a liberdade das emissoras comunitárias e
a ampliação do acesso da população à banda larga e outras plataformas.
Outra
pauta central para nós da JPT na Jornada de Lutas da Juventude é a defesa da
vida dos jovens, em especial negros e negras da periferia. Nos 10 anos do
governo do PT não conseguimos romper com a lógica militarizada da polícia
brasileira, instituição que mais mata jovens no mundo. É papel nosso promover
ações de enfrentamento a uma cultura de morte estabelecida na sociedade
pautando políticas públicas para a juventude que atendam às especificidades das
diferenças de realidade existente entre os jovens brasileiros.
Para
a Juventude do PT, o ano de 2013 deve ser de muitas lutas e mobilizações por
reformas democráticas e populares, a começar com a Jornada de Lutas da
Juventude. Trata-se de ampliar as lutas sociais, inclusive para além das
estreitas margens do parlamento e ganhar as ruas para uma plataforma que
mobilize a classe trabalhadora, a juventude e os movimentos sociais. Neste
sentido, nós da JPT temos a missão de pautar este debate na construção da
Jornada de Lutas da Juventude, com ações nas redes sociais, combinada com ações
de rua e construção de comitês populares com as seguintes pautas:
·
Ampliação
dos Referendos, Plebiscitos e consultas diretas a população;
·
Defesa
de uma Reforma Política que fortaleça os partidos políticos, que permita maior
intervenção do povo na política institucional e ponha fim ao financiamento
privado das campanhas tendo como escopo um combate real a corrupção;
·
Ampliação
da participação da juventude e das mulheres nos espaços políticos;
·
Democratização
dos Meios de Comunicação;
·
Combate
ao extermínio da Juventude;
·
Democratização e transparência do Poder
Judiciário;
·
Defesa
da desmilitarização da polícia;
·
Fortalecer
e ampliar os direitos dos jovens e às PPJ’s: Pela aprovação do Estatuto da
Juventude e a concretização do direito a experimentação, a cidade e a moradia.
·
Defesa
intransigente dos Direitos Humanos. Combate ao machismo, homofobia, racismo e
as propostas de redução da maioridade penal.
Para
dar conta deste imenso desafio a Juventude do PT deve atuar de forma unitária e
descentralizada. Desta forma, a Direção Nacional da JPT orienta a sua
militância para:
1.
Acompanhar,
construir e quando ainda não realizada convocar ás reuniões de construção da
Jornada de Lutas da Juventude nos Estados. As prioridades de relação são ás
entidades que assinam o manifesto nacional.
2. Interiorização da Jornada. As Secretárias
Municipais da JPT devem organizar atividades nos municípios. Nestes casos ás
pautas devem ser adequadas á política e conjuntura local.
3. Em virtudes dos mais variados níveis
de organização da JPT e movimentos sociais nos municípios, podem ser
organizadas variadas atividades e manifestações. Debates nas escolas e
universidades, pichações e panfletagens também compõe a Jornada de Lutas.
4. Para que a Direção Nacional da JPT
auxilie na divulgação das atividades e ao final da Jornada faça um memorial e
um balanço de sua atuação, solicitamos que seja enviada para o e-mail juventude@pt.org.br
fotos, relatos e convocatórias das atividades que a JPT participou.
Direção
Nacional da Juventude do PT
Fonte: Site Nacional da Juventde Petista
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